segunda-feira, janeiro 31, 2005

Beberagens

A gente sabe que está ficando "idoso" quando as nossas lembranças já podem ser datadas. Tipo, lembro de quando estava na primeira série....e isso foi há 25 anos! quarto de século , gente! pois tem certas lembranças que são recorrentes, por terem sido marcantes. na minha adolescência , logo após começar a beber, testávamos os nossos limites. em uma boate em Rivera, chamada Pretexto, tómavamos gim com pomelo, um refrigerante local. Meu recorde foram 16 doses. 16 Doses!!!! O resultado: 12 quadras a pé, me arrastando pelas paredes, literalmente, para não cair de bêbado. ah raspei os ombros e braços da minha jaqueta nova de couro!! melhor, detonei ela toda, já no primeiro uso. duas semanas de gancho sem sair no fim de semana. Nesses dias, visitava os conhecidos. Um deles, o Miguel Scarpelini, vulgo Guégui, me introduziu ao mais cavalar de todos os drinques: o 13ª cavalaria!! é o seguinte: ponha em uma coqueteleira, um pouco de todas, eu disse TODAS, as bebidas alcoólicas que o bar disponha. Vodca, cachaça, uísque, vinho champanhe, licor, conhaque, enfim, todas mesmo! Claro, não sirva dose inteira! Em seguida, acrescente gelo, e tampe a coqueteleira , antes de agitá-la. isso é primordial para que nao se perca nada do conteúdo. beba com gana, e arranje um local para descanso. No outro dia, mate a sede com coca-cola bem gelada, acompanhada de duas neosaldinas e um engov!

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Perfeito idiota

calor senegalesco, com media de 35 graus à sombra. e eu com dois aparelhos de ar condicionado. na caixa, pois me falta instalá-los, oque ocorrerá apenas após a troca da fiação da minha casa. ah.. este é o segundo verão que isso ocorre. Idiota, muito idiota eu sou!

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Como pinto no lixo.

Há pequenos prazeres na vida que esquecemos com o passar dos anos. como pular em uma poça d'agua de chuva. tomar leite tirado na hora, em caneco escaldado com água fervente, e canela em pó no fundo. isso tudo por que fui pra praia neste fim de semana. Levei a Gaia, minha labradora preta, de um ano. Ficamos na casa do meu sogro em Cornélius, à beira da Lagoa dos Quadros. Chegamos sexta a noite. No sábado pela manhã, após o mate e o desjejum, fomos ate a beira da Lagoa. É óbvio, levamos a Gaia para ver aquela água toda. bastou solta-lá para que se enfiasse na primeira poça. rasa, mal tapava as unhas das patas e ela feliz, não tinha visto ainda a Lagoa propriamente dita. Imaginem o que é para uma criança criada no meio do concreto visitar a fazenda do avô. era assim mesmo que ela se sentia: livre, cheia de verde e espaço para correr. e foi o que ela fez. Ao ver que nao tinha cercas pra prendê-la, mandou patas. espantou todos os quero-queros, garças, passarinhos em geral que estavam por ali. correu no meio dos juncos, desapareceu das nossas vistas, sim nossas, já que a Cíntia me culpava por tê-la solto. mas valeu a pena. me lembrei da minha infância de guri de campanha. Eu era a Gaia naquele instante. e estávamos feliz, como pinto no lixo.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

A pergunta que não quer calar...

E o argentino hein? após sobreviver ao terremoto no México em 85, presenciar a queda do world trade center em 2001 e escapar do tsunami tailandês neste verão, afirmou que veraneava sempre no Brasil. Onde ele andava em 1989, quando naufragou o Bateau Mouche ?

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Só as cores mudaram...

Eu sei, tem tempo que não venho por aqui. mas isso nao impede que eu reconheça cada canto da casa, saiba aonde encontrar os cheiros que permearam a minha infância, e lembre de cada arte feita/surra sofrida. e rir. e sentir uma pontada de tristeza, ao saber que meu avô não vai estar lá, lendo o correião ao vento. Os figos, que adoçaram a minha tenra boca e imaginação, só amadurecem quando eu já não mais os saborariei.... Os meus arreios, perderam-se no tempo junto com as minhas campereadas. Mas é lá que recarrego as minhas energias, é somente lá que descanso, tiro férias. Em Sant'ana do Livramento, nos campos do 7º distrito do Sarandi, na estância Novo São João. e é lá que descansarei, quando for tempo de voltar ao pó do qual viemos...

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